CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

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Sessão: 256.1.54.O Hora: 09:00 Fase: BC
Orador: CHICO ALENCAR, PSOL-RJ Data: 22/09/2011

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Sem revisão do orador.) - Exatamente.

Sr. Presidente, na semana em que Paulo Freire celebraria 90 anos, registro um pronunciamento sobre o Plano Nacional de Educação e outro sobre a Comissão da Verdade, da memória, da justiça, que queremos efetiva.

Obrigado.

PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados e todas e todos que assistem a esta sessão ou nela trabalham: "a gente tem que lutar para tornar possível o que ainda não é possível", disse nosso grande educador Paulo Freire, que em 19 de setembro completaria 90 anos de nascimento.    Ele desenvolveu a pedagogia do oprimido, a leitura crítica e deixou a grande lição de "crescer sempre, porque ainda se considerava pequeno", como nos lembra Mario Sergio Cortella.

O legado de Paulo Freire, tão esquecido pela Mídia Grande nesta data comemorativa, é instigante quando olhamos quão pouco o Brasil caminhou nestes 90 anos em termos de educação. O País ocupa o sexto lugar na economia mundial, mas no ranking da educação cai drasticamente para a 88ª posição, conforme quadro elaborado pela UNESCO (Organização Nacional das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).    Não por acaso, o item que mais contribui para essa colocação é o da qualidade do ensino. Com 0,7, temos a mesma nota atribuída a países com precário desenvolvimento econômico.

Um elemento importante para identificarmos que futuro está sendo preparado pelos governantes de um país é a análise das prioridades expressas no Orçamento. E neste quesito não estamos bem... No ano passado, quase metade do Orçamento Nacional (44,93%) foi destinado ao pagamento de juros, amortizações e refinanciamento da dívida - R$635 bilhões foram repassados aos banqueiros e empresários. Já para a educação, apenas 2,89%. Números reveladores do descaso do Governo com o setor.

Esse abandono, infelizmente, é recorrente. Na história recente da educação brasileira, a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) exigia que o Poder Executivo encaminhasse ao Congresso Nacional, no prazo de 1 ano, um projeto de Plano Nacional de Educação (PNE),    o que não aconteceu.

Mais uma vez educadores e diversos segmentos da sociedade civil tomaram a iniciativa. Organizados no Fórum Nacional em Defesa da Educação Pública, elaboraram um Plano Nacional ("PNE: proposta da sociedade brasileira"), apresentado à Câmara dos Deputados no início de 1998. Logo em seguida o Governo Federal envia    uma proposta que, curiosamente, não tinha nenhuma previsão de recursos financeiros para o cumprimento    das metas que seriam estabelecidas.

Apesar de o PNE da sociedade estimar em 10% do Produto Interno Bruto (PIB) os recursos necessários para iniciar a recuperação da educação pública em todo o País, o Congresso Nacional aprovou apenas 7%. De qualquer forma, avaliávamos, era um passo importante para superar a histórica falta de verbas para a educação.

Mesmo com essa redução o então Presidente Fernando Henrique vetou a medida, em nome do pagamento da dívida.    Seu sucessor, Lula, apesar de ter como um de seus compromissos de campanha a derrubada desse veto, não só o manteve, como também apresentou em seu segundo Governo um Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) que na prática revogava o Plano Nacional de Educação.

O PDE, apesar do nome, não é um plano. Trata-se de um conjunto de tópicos sem organicidade ou direção declarada, mas que aprofundam o projeto neoliberal - não só no plano econômico, mas no plano social e especificamente educacional - já adotado pelo Governo de FHC.

O Estado passa a ter uma função gerencial. A educação, assim como outros direitos sociais, é entendida não mais como direito, mas como serviço e, além disso, serviço não exclusivo do Estado. E compartilhado numa articulação entre a esfera privada e a esfera estatal - são as organizações sociais, a parceria público/não estatal, em que o Estado é o facilitador e coordenador da iniciativa privada numa progressiva e segura desresponsabilização com a garantia de direitos sociais.

Essa medida também é acompanhada de um discurso em que é atribuída aos indivíduos a responsabilidade pelos resultados. Desta forma, se a avaliação de uma escola é baixa, a responsabilidade será dos professores, dos pais e dos alunos, independentemente de se há condições efetivas de promoção de uma aprendizagem de qualidade nessa unidade. Assim, mais uma vez, o Estado se desresponsabiliza de suas obrigações.

O Congresso Nacional está em via de aprovar um novo PNE para os próximos 10 anos. O Governo Federal encaminhou proposta que começa com um grande equívoco - não apresenta nenhuma avaliação do que foi (ou não) cumprido do plano anterior. A orientação privatista desse plano é identificável em metas que falam em educação infantil, básica, superior e em nenhum momento afirmam seu caráter público.

O PNE elaborado pelo Governo Federal mercantiliza a educação e introduz critérios produtivistas no trabalho dos profissionais de educação e na avaliação dos estudantes. É a lógica tecnocrata que se orienta por custos/benefícios, que vê educadores e estudantes como dados.

Metas sem a devida destinação de recursos para cumpri-las serão inviabilizadas. Portanto, exigimos a aplicação imediata de 10% do PIB, com ampliação progressiva para 15%, exclusivamente para a educação pública. Essa vontade, que sabemos não ser exclusiva de educadores, poderá ser confirmada através de plebiscito.

Por isso o PSOL apresentou 241emendas ao PNE. Elas versam sobre os mais diferentes temas de interesse da população, das quais destaco os seguintes assuntos:

1. defesa de 10% do PIB pela educação;

2. defesa de participação maior da União e dos Estados na construção de unidades de educação infantil, ajudando os Municípios a cumprir meta da área;

3. supressão de propostas que estimulam a privatização da educação infantil e o ensino profissional;

4. ampliação para 60% de vagas públicas no ensino superior, pois a proposta do Governo congela os atuais 26,4% de cobertura;

5. crescimento da oferta pública no ensino profissionalizante, chegando a 80% em 2020.

Anexo, Sr. Presidente, trechos do manifesto do Fórum Estadual em Defesa da Educação Pública do Rio de Janeiro:

"Mobilizar é preciso! Por uma educação pública sem mercantilização!

"As entidades e participantes do Seminário do Fórum Estadual em Defesa da Escola Pública (FEDEP), realizado no dia 30 de abril de 2011, na UERJ, Rio de Janeiro, discutiram o PL 8035/10 e concluíram que o mesmo, por incorporar os piores aspectos do Plano de Desenvolvimento (PDE) da Educação e aprofundá-los, significa um gravíssimo ataque à educação pública: impede a construção do Sistema Nacional de Educação capaz de garantir o ensino público, gratuito, universal, laico, unitário e de qualidade social, como dever do Estado e direito universal. Ao contrário, dilui o dever do Estado na garantia do direito à educação pública, por meio da institucionalização e generalização das parcerias público-privadas (PPP's); faz concessões à agenda do Acordo Geral de Comércio de Serviços da Organização Mundial do Comércio (AGCS/OMC) ao promover a internacionalização do "serviço" educacional e desconsidera o protagonismo histórico dos educadores sobre a educação.

O PL 8035/10 ignora a situação atual da educação brasileira ao se furtar de realizar uma avaliação rigorosa dos indicadores educacionais, dos pífios avanços do PNE de 2001 (Lei nº 10.172/2001), e dos anseios dos educadores, expressos nos Congressos Nacionais de Educação e sistematizados no PNE: Proposta da Sociedade Brasileira. O referido PL oculta o fato de que está em curso um pernicioso processo de subordinação da educação aos fundos de investimentos, abrangendo desde a produção do material didático-pedagógico até aquisições, fusões e joint-ventures de empresas educacionais, deslocando de modo radical a educação para o setor mercantil, com o predomínio da esfera financeira (...)

Em virtude dessas características, o texto do PL 8035/10 não pode ser lido como se os artigos, as metas e as estratégias fossem unidades isoladas. Existe uma lógica geral na proposta de texto legal que operacionaliza o Estado gerencial e, para isso, redimensiona, para maior, a centralidade das formas de regulação da educação por meio da avaliação. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) torna-se a referência central de todas as políticas para a educação básica, submetendo-as à regulação internacional promovida pela OCDE, Banco Mundial e UNESCO. Este Índice é indissociável dos rankings, dos prêmios e dos castigos. O dever do Estado com a educação universal, pública e unitária torna-se difuso, apagando o preceito constitucional que estabelece tal dever. A opção de não aumentar o montante de recursos para a educação pública para 10% do PIB e a postergação de 7% do PIB para o longínquo ano de 2020 são coerentes com essa concepção de Estado e, sobretudo, com a supremacia do setor financeiro no atual bloco de poder.

O exame das estratégias de ampliação das matrículas em todos os níveis, em especial no ensino médio, profissional, superior (graduação e pós-graduação), confirma a opção pelo financiamento público às instituições privadas, através das parcerias público-privadas inscritas no FIES e, centralmente, por meio de isenções tributárias. Entre os principais beneficiários de tais parcerias, cabe destacar o sistema sindical patronal (Sistema S) e as grandes empresas do setor.

Os trabalhadores da educação são ressignificados no PL como profissionais desprovidos de autonomia, subordinados às tecnologias da informação e comunicação (TIC's) e aos instrumentos tecnocráticos de avaliação, concepção que impossibilita a função social dos docentes como intelectuais produtores e organizadores da cultura científica, tecnológica, histórico-social, artística e cultural. Em função dessa desqualificação dos professores, a proposta de PNE aprofunda a opção pela formação instrumental por meio de educação a distância (EAD), impossibilitando a formação universitária defendida pelos educadores e suas entidades representativas. Não causa surpresa, por conseguinte, a ausência de metas objetivas para a elevação real da remuneração e para a estruturação de planos nacionais de carreira que alterem em profundidade a situação de hiperexploração dos trabalhadores da educação.

Em conformidade com o AGCS/OMC, o PL concebe a EAD como modalidade axial da educação brasileira, abrangendo, sobretudo, a formação profissional, a graduação e a pós-graduação e, no mesmo diapasão, incentiva a internacionalização reclamada pelas corporações mundiais da educação. A EAD avança, de fato, até mesmo para a pós-graduação stricto sensu, notadamente no setor privado, incentivado pelas verbas do FIES e pela proliferação de mestrados e quiçá doutorados profissionais (como previsto no PL 7200/06, que dispõe sobre a regulação da educação superior), possibilitando mestrados sem dissertações e doutorados sem teses. (...)

Os participantes do Seminário do FEDEP, vindos de diversas partes do país, consideram que o futuro da educação pública encontra-se em "estado de emergência". A vigorosa mobilização social das entidades que historicamente construíram os Congressos Nacionais de Educação pode ser decisiva para a alteração desse tenebroso cenário. (...) E afirmar sua adesão à realização de um plebiscito nacional em defesa dos 10% do PIB exclusivamente voltado para a educação pública.

Rio de Janeiro, 30 de abril de 2011."

Outro assunto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e todas e todos que assistem a esta sessão ou nela trabalham, "a democracia não nos foi dada: ela foi conquistada por uma geração que não se calou diante da opressão. A experiência vivenciada naquele período de repressão marcou vidas e foi capaz de mudar a história, mas ainda não podemos celebrar a democracia enquanto não tivermos pleno conhecimento das violações cometidas nesse passado tão recente". Assim se expressaram mais de 300 artistas e intelectuais sobre a necessidade da criação da Comissão da Verdade. Eles e a Câmara dos Deputados querem que aquela "página infeliz da nossa história" não seja "passagem desbotada na memória de nossas novas gerações".

Mas nós, do PSOL, e a Deputada Luiza Erundina vemos insuficiências no texto aprovado que podem comprometer os trabalhos da Comissão. Nossas 7 emendas - nenhuma incorporada ao projeto, ao contrário das do DEM! - fortaleceriam a Comissão. Elas reduziriam o período de análise das violações de direitos humanos à fase da ditatura militar (da preparação do golpe à Constituição de 1988), ampliavam de 7 para 14 os seus componentes, permitiam a prorrogação dos trabalhos para além dos 2 anos previstos, determinavam ampla divulgação do relatório final, inclusive com seu encaminhamento ao Ministério Público.

Também buscamos, com emenda, garantir total transparência e nenhum sigilo às atividades desenvolvidas pela Comissão, que queremos que seja de verdade, memória e justiça. A prática efetiva da Comissão, quando constituída, mostrará sua eficácia. A conferir, acompanhar, cobrar. Não há como ter "imparcialidade" frente à prisão ilegal, tortura, morte, desaparecimento de corpos, censura, covardia da repressão do Estado contra a cidadania.

Artistas e intelectuais que já aderiram ao manifesto:

Chico Buarque de Hollanda - Compositor

Gilberto Gil - Compositor

Caetano Veloso - Compositor

Oscar Niemeyer - Arquiteto

Emir Sader - Sociólogo

Eduardo Galeano - Jornalista e escritor

Marilena Chauí - Filósofa

Leonardo Boff - Teólogo e escritor

Frei Betto - Escritor

Noam Chomsky - Filósofo e linguista

Marieta Severo - Atriz

Letícia Sabatella - Atriz

Paulinho da Viola - Compositor

Fernando Morais - Escritor

Edu Lobo - Cantor e compositor

Osmar Prado - Ator

Ivan Lins - Músico

João Bosco - Músico

Marcos Palmeira - Ator

Beth Carvalho - Cantora

Paulo Betti - Ator

Fernanda Torres - Atriz

Fernanda Abreu - Cantora

Dira Paes - Atriz

Marcelo Yuka - Músico e compositor

Alceu Valença - Cantor e compositor

Alcione - Cantora

Francis Hime - Maestro

Miúcha - Cantora

José de Abreu - Ator

Chico Díaz - Ator

Sílvia Buarque - Atriz

Cássia Kiss - Atriz

Chico Whitaker - Arquiteto

Chico Alvim - Poeta

Kiko Horta - Músico

Ângela Leal - Atriz

Margareth Menezes - Cantora     

Hugo Carvana - Ator e cineasta

Ruy Guerra - Cineasta

Eric Nepomuceno - Escritor

Nelson Sargento - Compositor

Miguel Faria Jr. - Cineasta

Daniela Mercury - Cantora

Hildegard Angel - Jornalista

Beto Almeida - Jornalista

Tássia Camargo - Atriz

Marcos Winter - Ator

Cacá Diegues - Cineasta

Marcos Frota - Ator

Gabriel O Pensador - Músico

Sérgio Marone - Ator

Bete Mendes - Atriz

Cristina Pereira - Atriz   

Silvio Tendler - Documentarista

Milton Hatoum - Escritor

Herson Capri - Ator

Leandra Leal - Atriz   

Carlos Nelson Coutinho - Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Carlos Vainer - Professor da UFRJ

Carlos Walter Porto-Gonçalves - Professor da Universidade Federal Fluminense - UFF

Cândido Grzybowski - Sociólogo

Carlinhos Vergueiro - Músico

Nico Nicolaiewsky - Músico

Bagre Fagundes - Músico

Arthur de Faria - Músico

Hique Gómez - Músico

Santiago - Cartunista

Agenor de Oliveira - Músico

Noca da Portela ­­- Músico

Martha Alencar - Jornalista e Produtora

Tereza Seiblitz - Atriz

Janaína Diniz Guerra - Produtora

Sérgio Ricardo - Músico

Miguel Paiva - Cartunista

Martha Vianna - Ceramista

Leonardo Avritzer - Professor da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Leonardo Sakamoto - Jornalista e cientista político

Ivana Bentes - Professora da UFRJ

Laura Tavares - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Vavy Pacheco Borges - Historiadora

Juremir Machado da Silva - Jornalista e Escritor

José Fogaça - Compositor

Maria Berenice Dias - Advogada

Celso Antônio Bandeira de Mello - Advogado e Escritor

Lícia Peres - Socióloga

Nilo Batista - Jurista, ex-Governador do Rio de Janeiro - RJ

Marcelo Cerqueira - Advogado

Vladimir Palmeira - Professor

Joyce - Cantora

Ronaldo Duque - Cineasta

Luiz Antônio de Assis Brasil - Escritor

Carlos Gerbase - Cineasta e Professor Universitário

Zelito Viana - Cineasta

Ricardo Rezende - Padre e Professor

Luís Augusto Fischer - Escritor e Professor Universitário

Jéferson Assumção - Escritor

Tiago Flores - Músico

Gaudêncio Fidélis - Historiador da Arte

Morgana Marcon - Bibliotecária

André Venzon - Artista visual

Pedro Figueiredo - Músico

Marlise Damin - Atriz

Paulo Wayne - Professor

Caroline Heck - Historiadora

Augusto Franke Bier - Jornalista e Cartunista

José Francisco Alves - Historiador da Arte

Luiz Alberto Cassol - Cineasta

Marcelo Restori - Teatreiro e Cineasta

Sérgio Verani - Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Samuel Bezerra de Lima - Cantor

Adriana Facina - Antropóloga e Professora da Universidade Federal Fluminense - UFF

Dante Guimarães Guazzelli - Historiador

Vera Pellin - Artista Visual

Carlos Latuff - Cartunista

Cecília Sá - Arquiteta

Vera Malaguti - Socióloga

Leopoldo Nunes da Silva Filho - Cineasta

Débora Peters - Produtora Cinematográfica

Joel Santana - Historiador

Francisco Alvim - Poeta

Oded Grajew - Empresário

Santiago Neto - Músico

Generosa de Oliveira Silva - Socióloga

Tuca Moraes - Produtora Cultural

Priscila Camargo - Atriz

Adair Rocha - Professor

Roberto de Figueiredo Caldas - Advogado e Juiz ad hoc da Corte Interamericana de Direitos Humanos

José Antônio de Carvalho - Grupo Tortutra Nunca Mais (Bahia)

Joviniano Soares de Carvalho Neto - Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea/Grupo Tortura Nunca Mais (Bahia)

Maria da Graça Nóbrega - Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL

Marco Antônio Rodrigues Barbosa - Advogado e Presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos

Neylor Toscan - Jornalista

Amparo Araújo - Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos

Diva Santana - Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e Grupo Tortura Nunca Mais (Bahia)

José Dirceu de Oliveira e Silva - Advogado

Mauro Borba - Rede de Direitos Humanos do Rio Grande do Sul

Vitor Moreschi Filho - Médico

José Alcebíades de Oliveira Jr. - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Vicente de Paula Barreto - Universidade Estácio de Sá - Rio de Janeiro

Vladmir Oliveira da Silveira - PUC/SP

José Roberto de Vasconcelos Galdino - Universidade Estadual de Ponta Grossa/Paraná

Guillermo Williamson - Universidad de La Frontera (Chile)

Pablo Gentili - Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais - FLACSO

Breno Bringel - Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Oscar Jara - Universidade de Costa Rica

Alexandre Veronese - Universidade Federal Fluminense

Moacir Gadotti - Universidade de São Paulo e Instituto Paulo Freire

Andrea Moraes Alves - Ator

Luiz Fernando Lobo - Ator

Daniel Souza - Ator

Fernando Ochôa - Diretor teatral Alberto Croce - Fundación SES (Argentina)

Marco Braghero - Peace Waves

Sonia Maria Schneider - Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Azril Bacal - Poeta

Marina Mara - Escritora, Poeta e Ativista Social

João Pedro Stédile - Economista/ MST

Manuel Dios Diz - Fundación Cultura de Paz (Espanha)

Albert Sansano - Sindicato de Trajadoras y Trabajadores de La Educación (Espanha)

Leslie Campaner de Toledo - Federació Moviments de Renovació Pedagògiva del País Valencià e União de Mulheres Alternativa e Resposta (Portugal)

Agostinho dos Reis Monteiro - Universidade de Lisboa

Perly Cipriano - Advogado

Nelson Paulo - Educador

Maria Helena Arrochellas - Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade/CAALL

Amerigo Incalcaterra - Representante para a América do Sul do Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas

Fabiana Rabelo - Pedagoga

Elisa Lucinda - Atriz e Poeta

Guillermo Scherping - Professor

Alessandro Martins Prado - Professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS

Juliano Zaiden Benvindo - Professor da Universidade de Brasília - UnB

Dulce Chaves Pandolfi - Cientista Social

Vânia C. Motta - Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Ricardo Paiva - Médico

Danyelle Nilin Gonçalves - Professora da Universidade Federal do Ceará - UFCE

Tânia Mara Franco - Professora

Clarice Gatto - Psicanalista

Dalila Andrade Oliveira - Professora

Breno Bringel - Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Fernando Vieira - Historiador

Maria Inês de Souza Bravo - Professora da UERJ

Walter Omar Kohan - Professor da UERJ

Maria Inês de Carvalho Delorme - Professora da UERJ

Vera Maurity - Professora

Caroline Silveira Bauer - Historiadora

Orlando Zacconi - Advogado

Sarah Escorel - Professora da ENSP/FIOCRUZ

Eliza Bartoluzzi - Professora da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Maria Lúcia Ribeiro Vilarinhos - Geógrafa

Rodrigo Nobile - Pesquisador

Flávio Chedid Henriques - Pesquisador

Regina Reyes Novaes - Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

José Roberto Pereira Novaes - Professor da UFRJ

Eloiza da Silva Gomes de Oliveira - Professora da UERJ

Esther Kuperman - Professora

Lucia Ribeiro - Socióloga

Luiz Alberto Gómez de Souza - Sociólogo

Patricia Couto - Professora/Pesquisadora

Zacarias Gama - Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Ana Chrystina Mignot - Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Theófilo Rodrigues - Universidade Federal Fluminense

Pablo Benetti - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Sonia Correa - Pesquisadora da Associação Brasileira Interdiciplinar de AIDS - ABIA

José María Gómez - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ

Ludmila Cerqueira Correia - Universidade Estadual de Feira de Santana (Bahia)

Andréia Macedo Barreto - Universidade Federal do Pará

Edna Raquel Hogemann - Conselheira Ordem do Advogados do Brasil - OAB

Leila Menezes Duarte - PUC/RJ

Rubim Santos Leão de Aquino - Professor e Historiador (Rio de Janeiro)

Ligia Maria Motta Lima Leão de Aquino - Universidade Estadual do Rio de Janeiro

João Batista Damasceno - Cientista político e juiz de Direito

Elizabeth Dezouzart Cardoso - Professora

João Paulo Saraiva Leão Viana - Professor

Maria Helena Mendonça - Professora

Lia Faria - Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Maria Luiza Franco Busse - Jornalista

Marildo José Nercolini - Professor

Luiza Lemos - Universidade Estadual do Rio de Janeiro

João Paulo Vianna - Professor

Ligia Giovanella - Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ

Lilian Vaz - Professora

Gaudêncio Frigotto - Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Evandro de Carvalho - Presidente da Associação Brasileira de Ensino de Direito

José María Gómez - Professor da Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro - PUC-Rio

Rodrigo Gonçalves - Advogado e Professor

Maria Cristina G. Vicentin - Professora da Pontifícia Universidade Católica - PUC-SP

Elisabeth da Silva Gelli - Professora da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP

Maiara Fafini Seveiano - Psicóloga

Ludmila Fernandes da Cunha - Servidora Pública Federal

Flavia Cristina Silveira Lemos - Professora de Psicologia Social

Maria Christina Barbosa - Psicóloga

Angela Caniato - Professora da Universidade Estadual de Maringá/Paraná

Lourdes A Machado - Psicóloga

Ângela Fátima Soligo - Professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Marcos Ferreira - Psicólogo

Túlio Loucahrd Picinini Teixeira - Professor

Claudia dos Santos Cruz - Psicóloga

Anderson Pereira de Andrade - Promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

Amanda Aguiar Ayres - Arte-Educadora e Atriz

Sami A. R. J. El Jundi - Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Pedro Lourenço de Luna Nogueira - Psicólogo

Katya Kozicki - Professora da Universidade Federal do Paraná e Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC-PR

José Carlos Moreira da Silva Filho - Professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC-RS

Daniela Favaro Garrossini - Professora-Adjunta da Universidade de Brasília - UnB;

Isabela Fadul de Freitas - Professora da Universidade Federal da Bahia - UFBA

Maurício Azevedo de Araújo - Professor da UFBA

Antonio Arapiraca - Professor do CEFET/MG

Douglas Guimarães Leite - Professor da Universidade Federal Fluminense - UFF

Marílson Santana - Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Victor Abramovich - Secretário-Executivo do Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do Mercosul

Jáder Ferreira Leite - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Carlos José Wanderley Ferreira - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Daniel Araújo Valença - Universidade Federal Rural do Semiárido

Francisco de Assis Pereira Piolho - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Ana Karenina de Melo Arraes Amorim - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Alex Reinecke de Alverga - Universidade Católica de Brasília

José Luiz Ferreira - Universidade Federal Rural do Semiárido

Ricardo Leite - Universidade Federal Rural do Semiárido

Paulo Klautau Filho - Procurador-Geral do Estado do Pará

Vera Santana - Advogada de direitos humanos

Percílio de Sousa Lima Neto - Advogado

Luís Roberto Cardoso de Oliveira - Universidade de Brasília

Vicente de Paulo Barretto - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

José Ricardo Ferreira Cunha -    Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pedro Fernando Russo - Produtor Projeto Mídia Livre

Bebeto Alves - Músico

Carlos Eduardo Freitas - Professor da UFBA

Didu Nogueira - Músico

Claudio Jorge - Músico

Ruy Faria - Músico

Isaac Lutti - Músico

Fernando Santana - Professor

Valeria Viana Labrea - Educadora

Adélia Bezerra de Meneses - Escritora

Jesús Maria Sánchez - Presidente da Confederação Espanhola de Associações de Pais e Mães de Alunos

Aléssio Surian - Professor da Universidade de Padova (Itália)

Júlio Rocha - Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia - UFBA

Érico Figueiredo - Professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano

Bruno Heim - Professor da Universidade Estadual da Bahia

Pedro Diamantino - Professor da Universidade Estadual da Bahia

Rafael Wanderley    - Professor do Instituto Federal da Bahia - IFBA

Valdencastro Villasboas - Professor do Instituto Federal da Bahia - IFBA

Agradeço a atenção.